Marketing de Conteúdo: O Que É e Como Adotar na Sua Empresa?
Provavelmente, você já ouviu falar de marketing de conteúdo alguma vez, mas consegue explicar o que é? De maneira resumida é uma estratégia de vendas baseada na produção de peças de conteúdo pensadas para serem consumidas por seus potenciais clientes.
Uma das perguntas mais comuns sobre esse tipo de marketing é: qual é a sua vantagem? Bom, poderíamos dizer que o content marketing, como também é chamado, funciona como uma espécie de publicidade indireta. Os seus potenciais clientes consomem esse conteúdo informativo, de opinião ou de entretenimento produzido por uma empresa que se apresenta como uma fonte confiável de informação relevante.
O Que É Marketing de Conteúdo?
Nós entendemos que o marketing de conteúdo é como uma estratégia de atração, de sedução do público-alvo através de conteúdo relacionado aos produtos ou serviços que a empresa oferece.
No livro Epic Content Marketing (Mc Graw Hill, Cleveland, 2013), o especialista Joe Pulizzi, fundador do Content Marketing Institute, enumera alguns dos principais objetivos que as empresas procuram atingir através do content marketing:
- Formação de um público fiel;
- Criação de uma consciência de marca;
- Conversão, fidelização e retenção dos clientes;
- Promoção de defensores da marca.
Marketing de Conteúdo e Inbound Marketing
Uma confusão que pode se gerar quando se fala de marketing de conteúdo é tratá-lo como um sinônimo de inbound marketing, mas na verdade são dois conceitos diferentes.
O inbound marketing é mais abrangente do que o marketing de conteúdo, porque não foca só no conteúdo.
O objetivo do inbound, também conhecido como marketing de atração, é a geração e nutrição de leads com uma meta clara: vender.
Já o marketing de conteúdo por sua vez, pode ser considerado um dos pilares que fazem parte de uma estratégia de inbound marketing.
Livro: Marketing de Conteúdo A Moeda do Século XXI
“Compre!”, “Consuma!”, “Venha!”. A passagem do modelo da sociedade de consumo ao modelo da sociedade de informação significou, no âmbito empresarial, uma revolução na maneira de entender e fazer marketing.
Aqueles “call to action” do século XX foram se transformando em outras consignas, como “Saiba”, “Conheça” e “Informe-se”.
Com a publicação do seu famoso livro Marketing de conteúdo: a moeda do século XXI (DVS Editora, São Paulo, 2016) o especialista brasileiro Rafael Rez virou uma referência iniludível do setor.
Partindo da lógica de Rez, podemos entender a estratégia e os objetivos desse tipo de marketing de uma perspetiva abrangente: não se trata só de postar na web.
Segundo Rez, o marketing de conteúdo é tudo o que uma empresa comunica, tudo o que tem a ver com a sua imagem e tudo o que, em definitivo, chega até o seu público-alvo.
Estamos falando de uma estratégia tanto online como offline que visa posicionar à empresa como uma fonte confiável e uma referência em determinado setor.
Mas, então, quando é que a gente vende os nossos produtos e serviços? Paciência, caro/a leitor/a. Esta é uma estratégia a longo prazo. Se você quer ver resultados já, tente outro tipo de campanha. Mas se o que você quer é atingir um crescimento sólido, este é o caminho certo.
Marketing de Conteúdo Exemplos
Um exemplo muito interessante desse tipo de marketing é o caso dos G.I. Joe.
Você conhece eles? São uns bonecos de ação muito populares no mundo inteiro. Foram criados em 1964 pela Hasbro (criadora de vários dos brinquedos e jogos mais conhecidos do planeta, como o Mr. Potato e o Monopoly).
Como foi o caso de sucesso dos G.I. Joe?
Bom, os bonecos, como já dissemos, foram lançados ao mercado em 1964, mas não tinham uma história por trás, como muitos outros brinquedos da época. Portanto, o que é que fez a Hasbro? Se associou com a Marvel e em 1982 lançaram o comic G.I. Joe – A Real American Hero.
Foi um sucesso impressionante que fez com que as vendas da Hasbro crescessem globalmente de maneira exponencial.
Este é um exemplo clássico de como o conteúdo pode potenciar as vendas de um produto, gerando um público fiel e até abrindo novas oportunidades de comercialização (roupa, jogos de cartas e mais). Um caso mais recente poderia ser a Lego e a sua aposta pelas produções audiovisuais.
Ferramentas de Marketing de Conteúdo
Existem várias ferramentas que podem ser usadas no content marketing e que ajudam na definição de uma estratégia correta.
Algumas ferramentas são mais aceitas do que outras, mas há algumas que são indispensáveis. Vamos ver aqui só alguns exemplos, tá bom?
Bora!
Google Analytics
Esta é uma ferramenta fundamental para monitorar o tráfego de sites no Google. Com o Google Analytics é possível saber quantas visitas teve um site, de onde os visitantes vieram, quanto tempo ficaram, onde clicaram e muito mais.
Google Trends
Nesta página você consegue ver as tendências de pesquisa no Google ao longo do tempo. A opção de segmentação permite procurar buscas por local e por período de tempo.
Muito útil, né?
Google Keyword Planner, Keyword Tool & SemRush
Estas três ferramentas são muito boas para procurar palavras-chave para a criação de conteúdo SEO.
Tanto o Google Keyword Planner como a Keyword Tool e a SemRush são ideais para fundamentar uma estratégia de conteúdo web.
Trello & Evernote
Trello é uma das ferramentas mais usadas hoje na organização e coordenação de tarefas. É bem simples de usar e permite uma gestão rápida e clara.
Já o Evernote é um pouco mais complexo, mas a ideia é a mesma: ajudar na organização, gestão e distribuição de tarefas.
Buyer Persona no Marketing de Conteúdo
O conceito de buyer persona se refere ao cliente idealizado.
Esse conceito se constrói com dados reais sobre o comportamento dos seus clientes e potenciais clientes e também com dados específicos, como a localização geográfica, idade, interesses, sexo, e etc. Vejamos um exemplo:
Uma companhia que oferece serviços de bolsas e programas de intercâmbio estudantil entre universidades brasileiras e americanas define o seu público objetivo da seguinte maneira: estudantes universitários brasileiros de 18 a 25 anos que falem inglês e gostem de viajar.
Neste caso, o buyer persona poderia ser um estudante jovem de classe média que está no começo ou pela metade da carreira e têm intenções de morar um tempo fora do Brasil para ganhar experiência e melhorar o seu inglês.
Portanto, desenvolver uma estratégia com base na buyer persona tem mais a ver com um aspeto emocional, porque o conteúdo estará direcionado para essas pessoas específicas e não para atingir a um segmento da sociedade.
Quanto custa fazer marketing de conteúdo?
Essa é uma boa pergunta, mas a resposta, naturalmente, não é tão simples assim. Por quê? Porque o custo vai depender de vários fatores, como:
- O tipo de conteúdo, a sua complexidade ou extensão;
- A definição de uma estratégia de marketing digital baseada nesse conteúdo;
- A qualidade do conteúdo (produtores mais baratos produzem, geralmente, peças de conteúdo em concordância com o preço).
Há outros fatores que também devem ser levados sem consideração, como a análise prévia, à definição da estratégia e a duração no tempo da campanha de marketing.
Aliás, tenha em mente que não é a mesma coisa desenhar uma estratégia de marketing de conteúdo para um segmento pequeno do mercado e para uma campanha global.
Uma coisa importante: gerar conteúdo não é juntar palavras. Uma estratégia de conteúdo fraca, feita só para incluir keywords sem muita preocupação pela qualidade de conteúdo em si é, sem dúvida, uma campanha destinada ao fracasso.